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UGT condena exploração das riquezas naturais na Renca


29/08/2017

A União Geral dos Trabalhadores (UGT) condena a proposta do governo de permitir a exploração das riquezas naturais do Brasil na Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca). A região, com 4 milhões de hectares, está localizada entre os Estados do Amapá e do Pará, e foi criada em 1984, na gestão do governo militar do general João Batista Figueiredo. A entrega da área para mineradoras pelo governo do presidente Michel Temer pode causar impactos ambientais e pode levar à devastação na área, que, na verdade, é uma grande reserva natural. Além disso, a presença de tribos indígenas, com área de proteção devidamente demarcada, pode acarretar no comprometimento dessa população. O primeiro decreto, publicado na semana passada, permitia a exploração indiscriminada na região, que é maior que a Dinamarca. Depois de acusações de que empresas canadenses, há cinco meses, já estavam sabendo da liberação e ante as críticas de ambientalistas e da comunidade internacional, o governo resolveu mudar o decreto nesta segunda-feira (28), com a publicação de outro, mantendo a extinção da reserva. Essa mudança, no entanto, é inócua, pois mantém a exploração mineral e tira a soberania do País na defesa de seus recursos naturais.

 

 A grande presença de reservas naturais e tribos indígenas na área é motivo de grande preocupação dos ambientalistas e da comunidade internacional.

 

Esta é também uma preocupação da UGT. Além de estar à frente da Jornada 2030, que visa alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU), a Central desenvolve e implanta programas para tribos indígenas – tendo iniciado pelo Tocantins, onde o Projeto Ilha Sustentável capacita a população indígena da Ilha do Bananal para que possa gerir seu próprio processo de desenvolvimento sustentável. O Brasil é um dos países mais ricos do mundo em recursos naturais, grande parte localizada na Amazônia, que já vem sendo ocupada de maneira indiscriminada por multinacionais que, entre outras agressões, promove desmatamento  para a implantação de pasto e a criação de gado. A região, considerada o pulmão verde do mundo, vem morrendo aos poucos, vítima de madeireiros inescrupulosos e mineradoras ilegais que, em busca do lucro, sangram diariamente a floresta amazônica.

 

Cabe ao governo proteger esses ataques e não um "liberar geral", como o que parece ser a extinção da Renca. A UGT, preocupada com a preservação da soberania nacional diante dos ataques às suas riquezas, reafirma sua posição contra a extinção da Renca.

 

 

Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores.        

 

 


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