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Presidente do Ipea é cotado para comandar o BNDES


02/03/2018

Um dos candidatos à vaga de presidente do BNDES, o economista Ernesto Lozardo, atual presidente do Ipea, já participa do grupo de trabalho do governo para discutir o futuro do banco de fomento. O grupo, que tem integrantes do comando do BNDES e dos ministérios da Fazenda e do Planejamento, se reuniu ontem em Brasília e discute medidas estratégicas para o banco aumentar a sua força de captação e continuar financiando investimentos num cenário de devolução de recursos ao Tesouro e ao Fundo de Amparo ao Trabalhador.

 

Amigo antigo do presidente Michel Temer, Lozardo tem apoio de setores políticos do governo, mas enfrenta forte resistência da equipe econômica e do banco. A escolha dele para a presidência do Ipea já foi marcada por polêmica e nota de repúdio dos funcionários do órgão de pesquisa.

 

O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, vai deixar o cargo para se candidatar à Presidência da República, como antecipou o Estadão/Broadcast. Temer negocia o nome do substituto e a disputa já é grande. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também tenta apadrinhar o sucessor de Castro.

 

Na área econômica, a preferência é pelo secretário de Acompanhamento Fiscal do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, e pelo secretário Executivo do Ministério do Planejamento, Esteves Colnago, que é presidente do Conselho de Administração do BNDES. Mansueto também integra o conselho. Os nomes de dois diretores do BNDES, Carlos Thadeu de Freitas e Carlos da Costa, também estão na disputa.

 

Na reunião de ontem, os representantes do banco avisaram que na segunda-feira, a diretoria do BNDES vai aprovar a devolução de R$ 30 bilhões de empréstimos do Tesouro, o que deve ocorrer alguns dias depois.

 

FGTS. Para aumentar os recursos disponíveis para empréstimos, diante do cenário de esvaziamento de capital, o grupo de trabalho discute a proposta de acesso do banco aos recursos do FGTS. Hoje, o fundo é integralmente gerenciado pela Caixa, que administra os recursos em troca de remuneração. A crítica é de que há muito dinheiro do FGTS parado e não aplicado nas três áreas prioritárias de financiamento: habitação, saneamento e infraestrutura.

 

O BNDES quer pegar uma parte pequena desses recursos para aplicar. Não se trata de uma operação de capitalização, como pleiteou recentemente a Caixa, que queria R$ 15 bilhões do fundo para reforçar seu capital e seguir normas internacionais bancárias a partir de 2019.

 

Na área econômica, segundo apurou o Estado, a ideia de o BNDES ter acesso a uma parcela do FGTS pode prosperar. A Caixa deve auditar esse processo. Um teste inicial poderá ser feito com um volume pequeno de cerca de R$ 2 bilhões. O BNDES também tenta abrir uma agência no exterior para fazer captações de forma mais barata, com a tributação reduzida no mercado internacional.

 

Fonte: Estadão


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