22/11/2021
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) repudia o caso de censura que ocorreu contra uma professora de filosofia do Colégio Estadual Thales de Azevedo (CETA), do bairro do Costa Azul, em Salvador, em que a educadora foi intimada em delegacia por "doutrinação feminista" e conteúdo de cunho "esquerdista".
Não é possível que numa sociedade livre e democrática, como a Brasileira, o ambiente escolar e seus profissionais estejam sendo perseguidos.
É preciso a população se atentar aos riscos desses fatos, que estão começando a se tornar recorrentes, destacando que o ambiente escolar dever livre para o pensamento e a reflexão.
Nesta sexta-feira (19), também em Salvador, uma professora do Colégio Vitória Régia revelou que foi afastada de uma turma de nível médio após apresentar aos alunos a coletânea de contos ‘Olhos D’água’, da escritora negra mineira Conceição Evaristo.
O ENEM, que é a porta de entrada no curso superior para centenas de alunos, de forma inédita, teve relatos de ameaça, intimidação e censura que culminaram no pedido de demissão de 37 funcionários do INEP, órgão que organiza as provas.
“É inadmissível que isto esteja ocorrendo, pois a censura é uma prática que só beneficia determinados grupos e serve para doutrinar, colocando pessoas em bolhas e retirando da população a liberdade de pensamento e de formação de opinião”, Ricardo Patah, presidente nacional da UGT.
UGT - União Geral dos Trabalhadores