05/08/2022
Empresa diz que trabalha para investigar queixas de
funcionárias e que fará mudanças em processos de treinamento
Quinze funcionárias e ex-funcionárias da Apple acusaram a
empresa de descaso na condução de denúncias sobre comportamentos sexuais
inapropriados, disse nesta quinta-feira (4) o jornal "Financial
Times".
As mulheres denunciaram retaliações e respostas
decepcionantes ou contraproducentes às demandas por parte da empresa do Vale do
Silício.
A Apple afirmou ao jornal que trabalha para investigar as
queixas sobre desvio de conduta e acrescentou que fará mudanças em seus
processos de treinamento.
O Vale do Silício foi abalado por escândalos de assédio
sexual e discriminação em meio ao auge do movimento #MeToo, impulsionando
processos de mudança em uma indústria dominada por homens.
Uma das mulheres citadas no texto, Megan Mohr, se inspirou
no #MeToo para denunciar em 2018 que um colega da Apple havia tirado sua blusa
e seu sutiã para fotografá-la enquanto ela dormia brevemente após saírem uma
noite para beber.
Segundo a reportagem, depois de falar com o setor de
recursos humanos sobre a queixa, a empresa concluiu que o comportamento do
funcionário era potencialmente criminoso, mas não infringia nenhuma política no
contexto do trabalho dele na Apple.
Mohr pediu demissão em janeiro, após 14 anos na empresa, e
agora pede que a companhia, que emprega 165 mil pessoas globalmente, revise
suas políticas.
Fonte e Foto: Folha de São Paulo
UGT - União Geral dos Trabalhadores