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Imprensa boa é a imprensa livre


24/09/2009



Da Secretaria de Divulgação e Comunicação

A imprensa livre pode, com certeza, ser boa ou ruim, mas, certamente, sem liberdade a imprensa nunca será boa." A frase do escritor Albert Camus, está longe de ser a preferida de alguns governantes do Continente Americano, que ao menor sinal de contrariedade de seus interesses, elegem a liberdade de informar como seu alvo número um. Um alvo que dever ser vigiado, controlado e sempre que possível silenciado.

Por conta disso, alguns veículos de comunicação social e seus profissionais continuam sofrendo ataques, constrangimentos, pressões, violências e atentados que afrontam o ato e o dever sagrado de bem informar.

No México, somente em 2009 já morreram quase uma dezena de jornalistas, sucumbindo à tentativa de informar sobre o domínio dos narcotraficantes, em especial no território de Oaxaca e em Ciudad Juarez. Já chegam a 52 as perdas na última década.

Na Guatemala, já sucumbiram dois profissionais da mídia desde janeiro. Em Cuba, permanecem aprisionados 25 repórteres, editores e outros profissionais que ousaram levantar a voz ou escrever contra o "pensamento único" dominante na ilha.

Enquanto isto, os funcionários e as sedes dos órgãos de comunicação simpatizantes ao presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, têm sofrido constantes atentados. Na Venezuela chavista, as ações se iniciaram em 2006 com o fechamento da rede RCTV e seguem até hoje com a retirada do ar de rádios e processos contra grupos que levantam a voz contra os inquilinos do Palácio Miraflores.

Na Bolívia e no Equador, a imprensa é seguidamente constrangida e pressionada. Enquanto isso, no Brasil o grande embate da mídia ocorre nas barras dos tribunais, onde tramitam mais de três mil processos contra jornais, revistas, TVs e jornalistas. Outro caso grave é em relação ao jornal O Estado de São Paulo, que sofreu censura de um magistrado de Brasília, que proibiu esse órgão de fazer menção aos fatos relacionados a denúncias de corrupção de um Senador da República e sua família. Na Argentina há tentativas de amordaçamento da mídia não alinhada, aos atuais detentores do poder Executivo. Nos últimos dias atos de evidente pressão contra o maior grupo de comunicação do país e da América Latina, o Clarín, que tem sido inclemente nas críticas e nas denúncias de corrupção do governo.

Esses fatos nos levam a constatar que embora o processo de redemocratização na América Latina tenha completado duas décadas, alguns governantes ainda não se acostumaram a conviver com a liberdade de imprensa.

É inegável também que em muitos desses países, a exemplo do que acontece no Brasil, o poder da mídia é representado por pequenos grupos que monopolizam os meios de comunicação, o que também é prejudicial a liberdade de informação. Mas voltando a citar Albert Camus, a imprensa livre pode ser ruim, mas sem liberdade ela nunca será uma boa imprensa.

Marcos Afonso de Oliveira, é secretário de Divulgação e Comunicação da UGT"


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