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Para além do aumento dos juros


23/07/2011

22/07/2011

*José Roberto de Araújo Cunha Jr
A elevação da taxa de juros de referência - Selic - para o patamar de 12,50%, anunciada pelo Comitê de Política Monetária -COPOM, no dia 20 de julho, confirmou nossas expectativas de que o Banco Central interpreta o atual ritmo de crescimento da atividade econômica no país como um fator de risco para um distanciamento ainda maior das metas de inflação anteriormente previstas para 2011 e 2012, que eram respectivamente 4,5% e 5,6%.
A decisão, que elevou em 0,25% a Selic, reflete as recentes expectativas do BACEN para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação, para este ano e o próximo, a saber 5,8% e 4,8%.
Além disto, o posicionamento do Comitê também deve ter considerado como outros sinais preocupantes" da economia, os dados referentes ao mês de junho, divulgados pelo IBGE, tais como:
• o crescimento do nível de emprego da população economicamente ativa (PEA) para 53,3%

• a redução da taxa de desocupação para 6,2%
e
• a elevação do poder de compra da população decorrente do ganho de 4% no rendimento médio real dos trabalhadores em comparação a igual período em 2010.
Em outras palavras, parece que na opinião do Bacen, a melhoria tanto do poder de consumo como das condições de vida em geral da classe trabalhadora, propiciadas pela estabilização da economia e pelo crescimento do produto interno bruto (PIB) do país verificados nos últimos 17 anos, são as causas da atual elevação das "pressões inflacionárias"!
Então, de acordo com o diagnóstico oficial vigente, se faz necessário adotar medidas econômicas restritivas ao consumo, como a elevação das taxas de juros para os financiamentos com prazos mais longos, a redução do prazo de financiamento no crediário e a alta da taxa de juros básica no país que trará reflexos nas taxas de juros praticadas nos cartões de crédito e cheque especial, dentre outros.
Neste contexto, seria interessante lembrar que o crescimento do consumo doméstico foi um dos principais fatores que contribuíram para a rápida recuperação do Brasil - e vale lembrar também da China - após a crise econômico-financeira global de setembro/outubro de 2008, em especial quando comparada com os efeitos da crise nas nações européias.
Isto posto, caberia formular uma pergunta aos responsáveis pela política econômica no país, além daqueles envolvidos com mais esta elevação da Selic:
• Existiriam outras medidas políticas e econômicas que poderiam contribuir para reduzir as chamadas "pressões inflacionárias"?
A título de ilustração, vale relacionar algumas destas saudáveis e ansiosamente desejadas iniciativas:
* reforma tributária


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