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UGT Press 153: A mão invisível do mercado


25/01/2010

200 ANOS DE INDEPENDÊNCIA: Os países da América Latina começam a completar 200 anos de independência. O escritor mexicano, Carlos Fuentes, disse sobre essas datas: Hoje se diz que estamos bem por termos democracias, sindicatos, imprensa, etc. Só que não demos conta de atender a demandas sociais. Daí surgem Chávez, Morales, Correa a dizer que as atendem. E voltamos a correr o risco de atrair o fantasma do autoritarismo. A tradição política deste continente não é democrática, é autoritária. Se há um problema a ser exposto nesta efeméride, é este o que fazer diante dessa fragilidade política" (Folha de São Paulo, em 02/12/09).

EMPREGO: a tendência no Brasil é o emprego se deslocar para novas latitudes. São Paulo (SP) cria uma vaga formal para cada 97 moradores, enquanto Porto Velho (RO) cria uma vaga para cada 18 moradores. Claro, a causa são as obras das hidrelétricas do rio Madeira. No entanto, Sobral (CE) à simples chegada da Grendene, indústria de calçados, criou em 2009 uma vaga a cada 20 habitantes. A Grendene deixou a cidade de Farroupilha no Rio Grande do Sul e foi para o Ceará, atraída por mão-de-obra barata e incentivos fiscais. Há também casos de indústrias que foram para a China, aquelas que utilizam mão-de-obra intensiva. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego.

A MÃO INVISÍVEL DO MERCADO: Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia, em artigo escrito para o Project Syndicate e reproduzido pela Folha de São Paulo (27/12/09), diz que a lição da crise "é a de que os mercados não são capazes de autocorreção. De fato, na ausência de regulamentação adequada, tendem ao excesso. Em 2009, vemos uma vez mais o motivo. A mão invisível de Adam Smith muitas vezes pareceu realmente invisível, porque não estava lá. A defesa de seus interesses próprios pelos banqueiros (ou seja, a cobiça) não conduziu ao bem estar da sociedade, não serviu nem mesmo aos interesses dos acionistas e dos detentores de títulos dos bancos".

NOVO ORÁCULO: o ex-ministro da Fazenda do Brasil, Antonio Delfim Netto, depois de ser todo poderoso na época da ditadura e de passar vários anos como um dos mais influentes deputados, ao perder as eleições em 2006 se transformou numa espécie de conselheiro do presidente Lula e em professor de todos. Talvez volte a ser candidato a deputado federal em 2010. Para ele, duas coisas precisam ser feitas urgentemente no Brasil: investimento forte em tecnologia (especialmente energia não-fóssil) e a reforma da Previdência Social. Essas idéias foram defendidas em entrevista para a Agência Estado na véspera do Natal passado. Segundo Delfim Netto, "sem isso o Brasil não entrará no século 21"."




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