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UGT Press 171: Gastos no Exterior


15/04/2010

GASTOS NO EXTERIOR: o valor do dólar e a parcial superação da crise mundial pelo Brasil facilitaram a saída de brasileiros para o exterior. Em janeiro, segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo", foi gasto R$ 1,2 bilhão em viagens ao exterior. Os dados são do Banco Central do Brasil. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o crescimento foi de 72,4%. Mais de dois terços desses gastos foram efetuados através de cartão de crédito. Além da estabilidade da economia e maior renda dos brasileiros, o parcelamento em longo prazo das viagens também contribuiu. Com esse gasto de janeiro e as otimistas previsões dos agentes de viagem, sabe-se, desde já, que a conta brasileira de turismo prevê um déficit entre ingressos e saídas de recursos.

O IMPÉRIO DAS BUGIGANGAS: vários empresários, chineses e brasileiros, dedicam-se ao comércio de bugigangas, produtos populares importados da China. Números da Agência Estado mostram que existem 16.853 empresas trazendo produtos chineses para o Brasil. Nos primeiros dois meses de 2010, o saldo deficitário do Brasil em transações correntes já soma 3,2 bilhões de dólares. Segundo estimativas, até o final do ano poderá chegar a 50 bilhões de dólares.

DETERIORAÇÃO: claro que comprar bugigangas da China não altera substancialmente o saldo em transações correntes. Há outros fatores importantes: aqueles gastos de brasileiros no exterior anotados acima e a remessa de lucros e dividendos, cuja previsão ultrapassa 30 bilhões de dólares. Para os analistas econômicos este será o principal problema do país nos próximos anos. Neste ano, quando as eleições são a prioridade número um, está em marcha a deterioração das contas externas.

BRASIL INSTÁVEL? a rara entrevista concedida pelo economista americano Kenneth Rogoff, professor de economia da Universidade Harvard, publicada pelo Estadão em 21 de março, contém a seguinte declaração: "O maior risco para o Brasil, como de costume, é o político. É o risco de que, em vez de continuar a melhorar a governança, o sistema político foque em transferências a outras medidas de curto prazo para impulsionar a popularidade do governo." Em outras palavras, as reformas precisam vir com urgência e o país precisa modernizar-se institucionalmente.

CONFUCIONISMO: o professor Daniel Bell, da Universidade Tsinghua, em Pequim, escrevendo para o "The New York Times", afirmou: "Os pensadores confucionistas avançaram propostas de um Parlamento meritocrático, em que os deputados seriam escolhidos por mecanismos como exames livres e imparciais competitivos, que teriam a finalidade de representar os interesses dos não votantes negligenciados por estrategistas escolhidos pela via democrática". Difícil no ocidente aceitar uma idéia tão radical como essa."




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