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UGT Press 177: Crise Grega


10/05/2010

GRÉCIA: o mundo todo, sobretudo a civilização ocidental, deve muito à Grécia. De lá partiram as primeiras lições para um mundo minimamente organizado. Aprendemos nos livros escolares que a Grécia é o lar da filosofia e o berço da democracia. Hoje, o país pertencente à Comunidade Econômica Européia (CEE), está nas páginas políticas dos grandes jornais como uma nação irresponsável. A irresponsabilidade é fiscal. A Grécia tem uma dívida impagável e precisa reestruturá-la (espécie de calote consentido e organizado). Contudo, isso talvez seja insuficiente para solucionar seus problemas, agravados porque o país tem sua dívidas em euros e não pode, de moto próprio, desvalorizar a sua inexistente moeda. Está amarrada às circunstâncias de ter aderido à CEE. Paul Krugman, famoso economista e articulista da Folha de São Paulo, afirma que uma das saídas pode ser o abandono do euro. Sacrilégio quase impensável.

AJUDA MUNDIAL: um pool de países, entre os quais o Brasil, vai prestar ajuda econômica à Grécia. Na verdade, eles estão se protegendo do inevitável contágio que uma eventual bancarrota helênica causaria. Parece injusto que países pobres tenham que ajudar a Grécia, enquanto os bancos continuem recebendo o seu rico jurinho. Mas, o precedente já existiu, seja com a Argentina ou com o Brasil. Alguma coisa precisa ser feita, mas os governos são extremamente lentos em pontualizar sua ações e só o fazem quando a situação já se agravou irremediavelmente. É o que parece estar acontecendo e, na última semana, as Bolsas sofreram quedas históricas. Em São Paulo, a semana acumulou uma desvalorização de 7%, enquanto o velho dólar subia.

AJUDA DO BRASIL: o pacote de ajuda para a Grécia, estudado pelas agências multilaterais (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Econômica Européia), deverá atingir mais de cem bilhões de euros. Atavés de aporte do FMI, o Brasil entrará com US$ 286 milhões (526 milhões de reis). O anúncio foi feito na semana passada por Guido Mantega, ministro da Fazenda. Mantega afirmou que o Brasil forma parte do clube de credores do FMI: são 38 países com uma situação mais sólida e que no momento de uma crise são chamados a colocar dinheiro".

BRASIL INCÓLUME: as declarações à imprensa do ministro Mantega foram carregadas de menções elogiosas ao país, entre as quais que o Brasil é uma economia sólida, que possui de 245 bilhões dólares em reservas e que, portanto, está longe de ser afetado pela crise grega. Regina Nuness, presidente da Standard & Poors, agência de classificação de risco, em entrevista ao Estadão (08-05), disse que "não existe hoje um risco de contágio. Porém, se a instabilidade perdurar por muito tempo e afetar mais fortemente com volatilidade muito alta a zona do euro, todos os países do mundo vão sofrer consequências"."




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