UGT UGT

Filiado à:


Filiado Filiado 2

UGT Press

UGT Press 178: Estamos no topo do mundo


14/05/2010

PRESTE ATENÇÃO: num país carcomido pela corrupção, onde, de cada três orçamentos provavelmente um se perde, até prova em contrário todos os atos administrativos são suspeitos. Trágica inversão de valores. Em todas as democracias, onde o Judiciário funciona regularmente e bem, há necessidade de culpa provada para se condenar. As culpas são apuradas em processos decentes e julgamentos honestos. Mas, nesses países menos sérios, com altos índices de corrupção, algumas coisas passam ao largo da lei e, portanto, ficam sem investigação. O pior é quando essas coisas" se referem a simples atos administrativos, aqueles que, com uma canetada, podem favorecer (ou prejudicar) grupos e pessoas. Atos que se baseiam em circunstâncias econômicas e os álibis incluem o interesse do país, o controle da inflação, a defesa do meio ambiente, a proteção do consumidor ou até a manutenção de usos e costumes. Não há como saber se tais atos contêm essas precauções todas ou se, contrariamente, beneficiam grupos ou pessoas.

ANO DE ELEIÇÃO: especialmente em anos eleitorais, nesses países aos quais aludimos acima, com cidadania subdesenvolvida, imprensa que representa a si mesma como grupo econômico e vive de publicidade oficial, parlamento cooptado e partidos de aluguel, todos os atos e fatos da administração pública mereceriam análises mais acuradas. Mas, há medo. Como acusar qualquer autoridade responsável pela expedição de uma norma dizendo que ela contém em seu interior, uma intenção ou um propósito que não condiz com os seus efeitos? Como dizer que, eventualmente, um desses atos estaria facilitando, por exemplo, doações de campanha? Nesses países mais vulneráveis, a referência não se destina somente aos governos centrais, mas também aos governos provinciais e municipalidades.

JUROS ALTOS: mais uma vez o Brasil volta ao topo da tabela mundial de juros. Na última reunião do COPOM, as autoridades monetárias, de uma só vez, aumentaram a Taxa Selic em 0,75%. Havia 19 meses que o Banco Central do Brasil não aumentava os juros. No mercado, só a expectativa de alta nos juros já estava elevando o spread bancário, apesar da queda nos índices de inadimplência. Não havia razão visível para o aumento da Taxa Selic e praticamente todas as centrais de trabalhadores (UGT e seu presidente Ricardo Patah à frente) condenaram o aumento. O Brasil pratica a maior taxa de juros do mundo. Depois do Brasil estão Indonésia e China.

ÁLCOOL NA GASOLINA: quando, em função do clima e da entressafra, houve queda na produção de álcool, o governo reduziu sua taxa de adição na gasolina de 25% para 20%. Apesar disso, os consumidores não sentiram grandes diferenças na hora de encher o tanque. O álcool continuou caro. Depois da safra e com os reservatórios cheios, o governo volta a aumentar a adição de álcool na gasolina, retroagindo ao percentual original de 25%. Claro está que, de novo, não haverá redução nos preços: a medida aponta em sentido contrário.

TURISMO: o governo americano emitiu comunicado pedindo aos seus cidadãos que evitem visitar quatro cidades do litoral paulista: Santos, São Vicente, Guarujá e Praia Grande."




logo

UGT - União Geral dos Trabalhadores


Rua Formosa, 367 - 4º andar - Centro - São Paulo/SP - 01049-911 - Tel.: (11) 2111-7300
© 2023 Todos os direitos reservados.