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Comerciário faz Sardinhada na Fecomércio


07/10/2009



O Sindicato dos Comerciários de São Paulo, filiado a UGT (União Geral dos Trabalhadores) vai promover, nessa quinta-feira (8), uma Sardinhada em frente a sede da Fecomércio, para protestar contra a decisão patronal de suspender a negociação do dissídio coletivo dos 430 mil comerciários da Capital, cuja data-base é 1º de setembro.

Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários, diz que os trabalhadores estão sem convenção coletiva e que por essa razão o comércio está proibido de abrir suas portas no feriado do dia 12 de outubro. O sindicalista lembra que a Lei 11.603/07 proíbe a abertura do comércio nos feriados sem assinatura de acordo entre a entidade patronal e o sindicato da categoria, além disse o Departamento Jurídico do Sindicato já protocolou 150 ações na justiça, com pedido de liminar para que as lojas não abram suas portas nesse feriado. Nosso foco são as grandes empresas e os supermercados por essa razão estamos alertando à população para efetuarem suas compras no sábado, e não deixar para a última hora a compra do presente para o Dia da Criança", disse.

Os comerciários também pedem 7% de aumento salarial e o fechamento do comércio no dia 1 de maio, 25 de dezembro e 1 de janeiro.

A decisão de fazer um churrasco com 100 quilos de sardinha na frente da Fecomercio com a presença dos trabalhadores e seus familiares nessa quinta-feira é que, em função do feriado de segunda-feira, os empresários do comércio tem reunião marcada para esse dia quinta-feira, pois a maioria viaja para o Guarujá ou suas fazendas no interior do Estado, onde vão passar o fim de semana, inclusive o feriado. "Enquanto eles descansam comendo caviar e tomando champanhe francesa, os comerciários trabalham até 10 horas por dia, inclusive nos fins de semana, sem direito a descanso".

Segundo o sindicato, o protesto dos trabalhadores é uma resposta ao impasse criado pela resistência patronal em assinar a convenção coletiva 2009/2010, deixando de atender as necessidades básicas de 430 mil trabalhadores e seus familiares."


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