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A manifestação promovida pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo na quinta-feira (8) em frente da Fecomércio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) foi uma demonstração inequívoca da força que tem a categoria e da união entre os sindicatos filiados ao Sentracos (Secretariado Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços). O ato foi um sinal de protesto dos comerciários paulistanos contra a decisão patronal de suspender a negociação do dissídio coletivo dos 450 mil comerciários da Capital, cuja data-base é 1º de setembro.

Além dos pronunciamentos das lideranças sindicais,uma barraca foi montada em frente a sede da Fecomércio e os organizadores passaram a assar sardinhas como forma de repúdio contra os empresários do comércio, que aproveitam o feriado prolongado para viajar, enquanto a categoria trabalha até 10 horas por dia, inclusive nos finais de semana, sem direito a descanso.

Para se ter uma ideia do peso dessa manifestação, dirigentes de 45 sindicatos de comerciários do Estado de São Paulo filados a UGT, Força Sindical e CUT, filiados ao Sentracos estiveram apoiando a iniciativa do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, filiado à UGT (União Geral dos Trabalhadores). O assunto foi alvo de destaque na mídia impressa e eletrônica (jornal, rádio e televisão) o que contribuiu para mostrar à sociedade que a luta é justa dos trabalhadores é justa.

É preciso que o movimento sindical brasileiro mantenha esse clima de união para fazer frente a elite dominante que ainda escraviza trabalhadores e trabalhadoras brasileiros. O Sentracos, órgão nacional representante de todos os sindicatos de comerciários e prestadores de serviços brasileiros apoia tal iniciativa pelo fato de ser uma luta pelos reais direitos de uma categoria injustiçada que chega a cumprir jornada de trabalho acima de 50 horas semanais