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Os trabalhadores vítimas das chuvas e deslizamentos no Morro do Bumba, além de diversas vítimas em outros pontos críticos no Rio de Janeiro, poderão sacar integralmente o saldo em suas contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS. Segundo o Ministério do Trabalho, o Conselho Curador do FGTS se reúne ainda esta semana para tratar do assunto.

Diante desse momento de tristeza, nenhum dinheiro vai consolar quem perdeu tudo que tinha, até a vida de entes queridos. Mas, se o rendimento do FGTS fosse mais justo, o trabalhador teria um valor maior nas mãos para recomeçar", argumenta o presidente da União Geral dos Trabalhadores - UGT.

Por exemplo: um trabalhador que tem hoje, 10 mil reais de FGTS para sacar, caso a correção fosse pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC - seu saldo seria de 17 mil, 70% a mais que o valor atual. "Afinal, para isso o FGTS foi criado: proteger e ajudar o trabalhador quando ele mais precisa", completou Patah.

Na opinião do presidente da UGT, a questão do saque dos recursos do FGTS pelas vítimas da tragédia no Rio nesse momento de comoção nacional evidencia ainda mais a necessidade do debate sobre a rentabilidade do fundo.

A UGT lidera uma campanha nacional pela recuperação do FGTS, que tem hoje rendimento de 3% ao ano mais taxa referencial de juros igual a 0%, acumulando perdas que ultrapassam R$ 58 bilhões desde 2002, segundo o Instituto FGTS Fácil.

Marcos Alexandre Oliveira, da Redação UGT "