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Trabalhador ganha diálogo direto, com Davi Zaia na #Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho em SP


07/02/2011

07/02/2011

O atual secretário de Emprego e Relações do Trabalho de São Paulo, David Zaia, tem formação sindicalista, o que trará importante contribuição na qualificação profissional e na abertura de diálogo governo e sociedade. Entre as medidas a serem tomadas estão a ampliação e a reativação de programas como o Banco do Povo e recursos como o Fundo de Amparo ao Trabalhador. Com isso, o secretário objetiva traçar um panorama visando atender as necessidades do trabalhador de cada município.

Formado em filosofia pela PUC de Campinas, com especialização em Economia do Trabalho pela Unicamp, este sindicalista de formação, foi presidente por três mandatos (1983-1985-1995) do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região. Em 1992, presidiu o Dieese - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, tendo sido, anteriormente, o seu diretor e vice-presidente. É também presidente da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul, entidade que representa 25 sindicatos da categoria e cerca de 70 mil bancários dos dois estados, além de vice-presidente da UGT. A reportagem conversou com o secretário, que tem entre suas metas apresentar novos valores para o piso salarial regional.

UGT - Quais são as prioridades da sua gestão?

DAVID ZAIA - Vamos dar continuidade e ampliar os programas em desenvolvimento na Secretaria como o Banco do Povo, o Jovem Cidadão, entre outros. No que se refere aos programas de qualificação profissional, negociaremos com o governo federal a reativação dos convênios para utilização dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Também vamos identificar as principais demandas por profissão e necessidades dos municípios e regiões do Estado, para orientar os nossos cursos nessa direção.

UGT - Qual o diferencial que a sua origem sindical pode representar no comando da Secretaria?

ZAIA - No movimento sindical aprendi que o melhor caminho para encontrar soluções é o diálogo entre as partes envolvidas. Esse é o caminho que escolhi para seguir como secretário. Vamos somar as experiências dos diferentes setores da sociedade para estabelecer parcerias que permitam ampliar os programas da secretaria.

UGT - Quais seus planos para fortalecer e ampliar a atuação do Banco do Povo?

ZAIA - O Banco do Povo Paulista (BPP) é o principal programa de microcrédito do País. Em 2010, fechamos o ano com mais de 28 mil contratos e R$ 107 milhões em empréstimos. Nossa meta agora é ampliar o número de unidades do BBP das atuais 463 para atuar em todos os 645 municípios do Estado.

UGT - Como ampliar a parceria da Secretaria com os sindicatos nos programas de qualificação profissional?

ZAIA - Já iniciamos esse trabalho. Uma das primeiras iniciativas do atual governo foi convidar as centrais sindicais para um encontro no Palácio dos Bandeirantes, organizado pela secretaria. Desse evento inicial com o governador Geraldo Alckmin, iniciamos uma série de reuniões com o objetivo de constituir um espaço de negociação permanente com o movimento sindical, em torno de diferentes questões, entre as quais as demandas por qualificação profissional. Recentemente, a pedido do governador, também tivemos um encontro com a Fetaesp (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de São Paulo), com o objetivo de concretizar cursos de requalificação para os trabalhadores rurais, em particular, para os canavieiros, que serão afetados pelo protocolo firmado entre a Única (entidade que representa as usinas sucroalcooleiras) e o governo que prevê o fim da queima da palha de açúcar, até 2014, e a mecanização da colheita. Com essa medida, que irá melhorar as condições ambientais no Estado, os canavieiros terão de ser alocados para outras funções como as de tratoristas, mecânicos e eletricistas. Então, já iniciamos os procedimentos para oferecer esses cursos para os canavieiros e outros trabalhadores rurais, com reforço de disciplinas de português e matemática, suprindo as carências de formação escolar. Esse é apenas um exemplo das muitas iniciativas que poderemos fazer em conjunto com o movimento sindical.

UGT - Com relação ao salário mínimo regional, qual valor será definido? Quais os parâmetros para essa definição?

ZAIA - Estamos finalizando os estudos para apresentar os novos valores para o piso salarial regional. O parâmetro é aquele que historicamente foi definido pelo movimento sindical para a correção do salário mínimo nacional. A reposição da inflação, mais o índice de crescimento real da economia.


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