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Pacto sobre floresta será único resultado da cúpula de Cancún


10/12/2010

10/12/2010

Bolívia, porém, opõe-se a mercado global de carbono por ele incentivar o capitalismo.

Nas horas finais da conferência do clima, que deveria terminar hoje, duas conclusões principais emergem: a primeira é a de que a COP-16 ruma para um resultado aguado, mas não deve ruir. A outra é que uma decisão sobre florestas será o grande e único avanço da cúpula. Toda esta negociação é sobre um pacote de resultados. Mas temos de reconhecer que um quinto do pacote, se fosse fechado, seria um avanço significativo", disse Kumi Naidoo, diretor-executivo do Greenpeace.

"Espero que não, mas temo que este seja o único grande resultado", disse à o negociado de Papua-Nova Guiné, Kevin Conrad, sobre a aprovação do "Redd +". A abreviação se refere à redução de emissões por desmatamento e degradação de florestas. O "plus", à exigência de contemplar conservação biológica nesse esquema para diminuir o lançamento de gases-estufa no ar.

O texto diplomático que dá forma legal ao Redd + já estava pronto e era dado como aprovado há um ano, na conferência de Copenhague. Acertou-se que o Redd seria desenvolvido em três fases. Na primeira, os países criariam técnicas para contabilizar o carbono das florestas. Na segunda, haveriam projetos em pequena escala. Na terceira, países tropicais realmente obteriam dinheiro pelas reduções realizadas.

Como reduzir desmatamento é muito mais barato do que eliminar usinas a carvão, por exemplo, países ricos que não queiram fazer o dever de casa poderiam recorrer aos créditos de Redd. Uma objeção da Bolívia à menção de qualquer mecanismo de mercado para o Redd devolveu o assunto à estaca zero, onde permaneceu até Cancún.

"Converter a natureza em mercadoria é garantir a sobrevivência do capitalismo", disse o presidente Evo Morales. Acontece que, se não for ao menos parcialmente admitido, o Redd perde muito atrativo para países ricos precisando cortar emissões. Seguia indefinido se existiria participação "subnacional" na contabilização das emissões -caso de governos estaduais como o do Acre, que já fez um acordo direto com o Estado americano da Califórnia a respeito. A expectativa era que as divergências seriam vencidas, por um motivo simples: como a discussão sobre corte de CO2 não deve ter resultado, os países querem algo para apresentar como sucesso.

Fonte: Folha de São Paulo"


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